Senado
“Pedido de impeachment de Moraes é o maior da história do Senado”, diz Eduardo Girão
Em pronunciamento, o parlamentar afirmou que a população está indignada com o Senado, que, segundo ele, tem sido "omisso em relação aos abusos praticados pelo ministro"
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) destacou os atos públicos realizados no feriado de 7 de setembro em algumas capitais brasileiras, especialmente São Paulo (SP), pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em pronunciamento, o parlamentar afirmou que a população está indignada com o Senado, que, segundo ele, tem sido “omisso em relação aos abusos praticados pelo ministro”.
“A população foi para as ruas com muita esperança, com muita fé, e nós não vamos decepcioná-la, porque nós precisamos, pelos nossos filhos e netos, pelas futuras gerações, reequilibrar os Poderes da República, porque o que está acontecendo hoje é brincadeira”, afirmou Girão.
“O que está acontecendo hoje é um jogo de faz de conta, um jogo de cena em que a gente viu, nas imagens do 7 de setembro, em Brasília, uma democracia sem povo, e nas da Avenida Paulista o povo sem democracia, porque esta é a grande realidade: o temor dessas pessoas que estão censuradas nas suas redes sociais”, prosseguiu o senador.
Girão lembrou também que um grupo de parlamentares entregou, na segunda-feira (9), ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o que o senador chamou de um “superpedido de impeachment, o maior da história do Senado Federal”. O pedido foi feito por deputados federais e contou com a assinatura de juristas.
Segundo Girão, 34 senadores já se manifestaram publicamente a favor da urgência do pedido, mas optaram por não assinar o documento, já que cabe unicamente ao Senado analisar processos de impeachment contra ministros do Supremo.
“É muito importante que o Senado analise isso. Não temos clima para outras matérias. Podemos até fazer virtualmente hoje, amanhã, mas, dentro do plenário, não tem mais clima, porque a sociedade cobra, e essa resposta tem que ser dada à população”, observou.
“Chegamos ao fundo do poço. Não temos mais como dourar a pílula, como querer contornar uma situação que está insustentável, porque o brasileiro precisa de uma resposta sobre a censura e os vilipêndios que ele está sofrendo”, concluiu o senador oposicionista.
Fonte: Infomoney