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Novo Papa

Dois brasileiros são cotados para suceder o Papa Francisco

O conclave que elegerá o próximo Papa reunirá apenas cardeais com menos de 80 anos.

Por Portal Visão Liberal Publicado em 21/04/2025 12:11 - Atualizado em 21/04/2025 12:11

Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, a Igreja Católica dá início a um momento histórico e decisivo: a escolha de um novo líder para a maior instituição religiosa do mundo. O conclave que elegerá o próximo Papa reunirá apenas cardeais com menos de 80 anos, conforme as normas canônicas. E, entre os nomes que circulam nos bastidores do Vaticano, dois brasileiros despontam como possíveis sucessores.

Trata-se de Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, e Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador. Ambos figuram entre os favoritos citados pelo jornal O Globo, refletindo não apenas a força da Igreja no Brasil — o maior país católico do mundo —, mas também a atenção crescente do Vaticano para questões ambientais, sociais e pastorais que marcam a realidade latino-americana.

Leonardo Ulrich Steiner – A voz da Amazônia

Primeiro cardeal da Amazônia brasileira, Leonardo Steiner foi nomeado por Francisco em 2022, em um gesto simbólico que reforçou o compromisso do pontificado com a ecologia integral, os povos indígenas e a justiça social. Arcebispo de Manaus, Steiner tem se destacado como um articulador entre a Igreja e os desafios ambientais da floresta, posicionando-se como uma voz ativa na defesa da vida e da dignidade humana em uma das regiões mais sensíveis do planeta.

Embora seu nome não apareça entre os listados no College of Cardinals Report como um provável sucessor, a presença de Steiner entre os favoritos mencionados por veículos da imprensa internacional sinaliza a possibilidade de um novo Papa com forte conexão com a “Igreja em saída” idealizada por Francisco.

Sérgio da Rocha – Experiência pastoral e equilíbrio

Já Sérgio da Rocha é visto como um nome de equilíbrio dentro da Igreja. Atual arcebispo de Salvador, ele tem vasta experiência pastoral e uma trajetória marcada por atuação em diferentes regiões do país. Sua nomeação pelo Papa Francisco para a Congregação para os Bispos e para o seleto Conselho de Cardeais é interpretada como uma demonstração de confiança e prestígio.

Sérgio da Rocha transita com desenvoltura entre as correntes mais conservadoras e as mais progressistas da Igreja, o que o torna um nome viável para unir diferentes alas do colégio cardinalício.

Uma escolha que poderá ecoar da América Latina

A eventual escolha de um Papa brasileiro seria inédita na história da Igreja Católica e reforçaria o protagonismo do sul global em um momento de transformações sociais, políticas e ambientais profundas. Tanto Steiner quanto Sérgio da Rocha encarnam aspectos centrais do pontificado de Francisco e representam um catolicismo latino-americano vibrante, sensível às periferias e atento aos clamores da humanidade.

O conclave ainda não tem data marcada, mas os olhares do mundo já se voltam para o Vaticano. E, quem sabe, também para o Brasil.

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