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IPCA

IPCA desacelera para 0,16% em março, abaixo do previsto

No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%; grupo Educação exerceu menor pressão no mês, com a variação de preços passando de 4,98% para 0,14%

Por Portal Visão Liberal Publicado em 10/04/2024 09:27 - Atualizado em 10/04/2024 09:27

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, desacelerou para 0,16% em março, após subir 0,83% em fevereiro, informou nesta quarta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de3,93%.

Em março de 2023, a variação havia sido de 0,71%.

Os dados ficaram abaixo do esperado, pois o consenso LSEG de analistas estimava inflação de 0,25% na comparação mensal. A estimava para a inflação em 12 meses era de 4,01%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, seis tiveram alta em março. A maior variação (0,53%) veio de Alimentação e bebidas. Na sequência, veio o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43%).

No campo negativo, o destaque foi a queda de Transportes (-0,33%). Os demais grupos ficaram entre o -0,13% de Comunicação e o 0,33% de Despesas pessoais.

Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, a desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março. Esse grupo saiu de alta de 4,98% para 0,14%.

Alimentos

Embora o grupo Alimentação tenha se destacado, o movimento de alta (0,53) foi menor que o registrado em fevereiro (0,95%). “Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, aponta o pesquisador.

A alimentação no domicílio também desacelerou, de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).

“O caso do ovo de galinha tem uma explicação própria: tratou-se de um período em que uma parcela da população faz a opção de não comer carne por questões religiosas, aumentando a demanda dessa proteína”, ressalta Almeida.

A alimentação fora do domicílio (0,35%) também desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%). Já o lanche acelerou de 0,25% para 0,66%, mas a refeição (0,09%) teve uma alta menor que em fevereiro (0,67%).

Transportes

O grupo Transportes inverteu o sinal e passou da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março, por influência dos preços da passagem aérea e da desaceleração da gasolina. O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a gasolina saiu de 2,93% para 0,21%.

Entre os combustíveis (0,17%), além da gasolina, o etanol também teve alta, de 0,55%. Já gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram recuo nos preços, enquanto o subitem táxi teve alta de 0,23% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (2,28%), a partir de 8 de fevereiro.

Habitação e Despesas Pessoais

Em Habitação, a alta de 0,19% teve a energia elétrica como destaque, com preços 0,12% mais altos, influenciada por reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (1,18%).

O grupo de Despesas pessoais acelerou de 0,05% para 0,33% na passagem de fevereiro para março, com influência do item Cinema, teatro e concertos, que teve alta de 5,14%, após o fim das promoções.

“Na última semana de fevereiro, após o carnaval, houve uma campanha para ingressos com valores promocionais para o cinema. Isso acabou impactando no índice daquele mês, ocorrendo, agora em março, uma devolução ao patamar regular”, explica o pesquisador.

Fonte: Infomoney

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